domingo, 21 de setembro de 2014

Projeto Educacional - Matemática com Teatro


Professor inova e ensina matemática com teatro e fantasias em MG

Alunos de escola de São João Nepomuceno se divertem nas aulas.
Mestre ensina a história dos sistemas numéricos.
Professor contou a história de quatro civilizações
(Foto: Márcio Sabones/Portal SJ Online)

Olhares curiosos e sorrisos nos rostos. Assim ficaram as crianças do 6º ano do ensino fundamental da Escola Municipal Doutor Augusto Glória, em São João Nepomuceno, quando viram o professor de matemática Carlos Leonardo de Alcântara Almeida entrar em sala de aula fantasiado. De maneira irreverente, em forma de teatro, o mestre contou a história de quatro civilizações que desenvolveram sistemas numéricos. “Eu quis mostrar a história da matemática e trabalhei em conjunto disciplinas como a história e a geografia. Comecei com o homem pré-histórico, e passei pela civilização egípcia, romana, hindu e árabe. A intenção foi fazer uma aula interativa, com eles participando a todo o momento. Usei o teatro para explicar a história da numeração”, contou.

Segundo o professor, que tem dez anos de carreira, o principal objetivo foi despertar nas crianças o interesse pela escola e o sentimento de acolhimento. “Eles saem muito novinhos do 5º ano. Muitos têm apenas uma professora e ainda as chamam de tia. Então eles chegam aqui, em uma escola nova, com uma realidade diferente, e precisam se sentir acolhidos. Esse período inicial, entre fevereiro e março, é de adaptação. A atividade serviu também para eles se conhecerem e se entrosarem”, destacou.

No total, foram quatro aulas para as quatro turmas de 6º ano, com 35 alunos em cada. Para ministrá-las, o professor precisou pesquisar e se preparar. Ele contou também com a ajuda de colegas de profissão. “Pesquisei e estudei em livros e na internet, mas a ajuda dos outros professores, da geografia e história, foi fundamental. Eles me orientaram quanto à linguagem que eu deveria usar e elaboraram atividades comigo. Entregamos para os alunos, por exemplo, um mapa para eles colorirem e identificarem as civilizações das histórias. Nós temos que transcender o conteúdo, conquistar a meninada”, disse.
Alunos participaram ativamente da aula
(Foto: Márcio Sabones/Portal SJ Online)

Carlos teve também o apoio de um grupo de teatro local, do qual fez parte por dois anos. “A companhia teatral é tradicional em São João Nepomuceno e trabalha com peças como "A paixão de Cristo'. Eu já participei algumas vezes e isso me ajudou muito na preparação das aulas. Trabalhei a postura de palco e a dominação de voz e levei para a sala. Interpretei faraós, homens das cavernas, entre outros. O grupo teatral também me emprestou o figurino”, falou.

Fórmula do sucesso: Apesar da aula criativa, o professor destaca que a teoria nunca pode ser deixada de lado. “Essa maneira de ensinar é muito boa, não deixa a matéria ficar maçante. Nós podemos ir inserindo esse tipo de trabalho para despertar o gosto pela matemática no aluno. Porém, não podemos ficar só no lúdico. Tem conteúdo que não tem jeito. Temos que usar o quadro, o caderno e o livro. O principal é conquistar as crianças. Fazendo-as gostar da matéria e do professor, o caminho para um bom ano letivo é aberto. O lúdico deve ser visto como uma ferramenta, uma metodologia diferenciada que pode e deve ser usada para auxiliar o conteúdo”, enfatizou.
Para psicopedagoga, professor foi inteligente
(Foto: Márcio Sabones/Portal SJ Online)

A psicopedagoga Clara Duarte, de Juiz de Fora, elogiou a atitude do professor. De acordo com ela, a ação facilita o entendimento das crianças e desperta a atenção da meninada. "Ele foi muito inteligente, principalmente por unir as três disciplinas. Os assuntos se amarram e fica mais fácil criar uma linha de raciocínio. Para as crianças, fica como um conto de fadas, com início, meio e fim. Isso faz a diferença”, explicou.

De acordo com ela, o teatro desperta um encantamento nos alunos e altera a rotina. “A rotina cansa, entedia. E essa faixa etária do 6º ano quer desbravar o mundo, é muito veloz. Precisamos de recursos para manter a atenção da garotada. Então, esse atrativo faz com que a absorção do conteúdo seja maior e a compreensão também. O cérebro fica mais atento aquilo que é agradável aos olhos. Isso acontece até com nós mesmos, adultos. Desta forma, com roupas e tom de voz diferentes, o cérebro fica bem disposto”, destacou Clara Duarte.
Abraços,
Prof. Doroteu
DG Consultoria Educacional

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